20 abril 2025

ESPIRITISMO: opressor ou libertador? Bruno Lins Quintanilha

 

ESPIRITISMO: opressor ou libertador?

                Bruno Lins Quintanilha, 35 anos, professor de Geografia no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.         

                          Atua na Casa Espírita Eurípedes Barsanulfo, autor do livro “O que é o Espiritismo?                                         Uma tentativa de resposta para o século XXI” e de diversos artigos publicados regularmente em periódicos em periódicos espíritas. No link a seguir, é possível encontrar toda a produção do autor de forma gratuita: https://linktr.ee/brunoquintanilha

             O Espiritismo conforme construído por Allan Kardec é um grande instrumento de   esclarecimento, consolo e esperança. Entretanto, cabe apontar que não é uma obra pronta e muito menos perfeita[1]. Assim aliás enxergava o seu próprio construtor:

O Livro dos Espíritos não é um tratado completo do Espiritismo; não faz senão apresentar as bases e os pontos fundamentais, que se devem desenvolver sucessivamente pelo estudo e pela observação.[2]

Em outra obra, e em outro ano, o mesmo princípio é reafirmado:

Pensam muitas pessoas, ademais, que O livro dos espíritos esgotou a série das questões de moral e de filosofia. É um erro.[3]

Prossegue em seu último livro:

O Espiritismo, pois, estabelece como princípio absoluto somente o que se acha evidentemente demonstrado, ou o que ressalta logicamente da observação. Entendendo-se com todos os ramos da economia social, aos quais dá o apoio das suas próprias descobertas, assimilará sempre todas as doutrinas progressivas, de qualquer ordem que sejam, desde que hajam assumido o estado de verdades práticas e abandonado o domínio da utopia, sem o que o Espiritismo se suicidaria. Deixando de ser o que é, mentiria à sua origem e ao seu fim providencial. Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará.[4]

Se do ponto de vista intelectual, o Espiritismo kardequiano foi abertura, curiosidade, refazer e pesquisa constantes, do ponto de vista moral ele é a busca incessante pelo bem-estar humano, seja a nível individual ou coletivo:

Coloco em primeira linha consolar os que sofrem, levantar a coragem dos abatidos, arrancar um homem de suas paixões, do desespero, do suicídio, detê-lo talvez no abismo do crime.[5]

Por sua poderosa revelação, o Espiritismo ve, pois, apressar a reforma social (6)

[1] Allan Kardec, em Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec, Discursos Pronunciados nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux, III parte.


          Seu fundador insistia teimosamente na importância da caridade, ou seja, do amor em movimento. Amor que pode assumir as mais variadas formas e ações possíveis, mas todas elas sempre alicerçadas no desejo do bem-estar do outro, no respeito, no acolhimento, na solidariedade:

Sem a caridade, não há instituição humana estável; e não pode haver caridade nem fraternidade possíveis, na verdadeira acepção da palavra, sem a crença. Aplicai-vos, pois a desenvolver esses sentimentos que, engrandecendo-se, destruirão o egoísmo que vos mata. Quando a caridade tiver penetrado as massas, quando se tiver transformado na fé, na religião da maioria, então vossas instituições se tornarão melhores pela força mesma das coisas; os abusos, oriundos do personalismo, desaparecerão. Ensinai, pois, a caridade e, sobretudo, pregai pelo exemplo: é a âncora de salvação da sociedade. Só ela pode realizar o reino do bem na Terra, que é o reino de Deus; sem ela, o que quer que façais, só criareis utopias, das quais só vos resultarão decepções.[7]

Resumidamente, o que busco deixar explícito é o cerne intelectual e moral do Espiritismo na proposta Kardequiana.

É óbvio que enquanto um sistema de ideias e valores construído por um homem branco, de classe média, na Europa do século XIX, o Espiritismo kardequiano tem problemas e limitações. A sociedade daquele tempo-espaço era infinitamente mais limitada do que o é a nossa atualmente. Incontáveis avanços intelectuais, técnicos, culturais e jurídicos ocorreram entre as décadas de 1850/1860 e o século XXI. Nenhuma ideia jamais deve ser descontextualizada de onde e quando surgiu. Tudo precisa ser entendido dentro de um contexto e, posteriormente, analisado e criticado.

Além do mais, dessacralizar e humanizar indivíduos e obras é fundamental, pois encarar toda obra como produto de um ser humano que tem limites e lacunas – mas também talentos e potenciais – nos permite aproveitar o que há de bom e filtrar o que não seja razoável. É preciso separar a casca, que tem muito do contexto sociocultural de um determinado tempo-espaço do fruto, que é ainda válido e extremamente rico de possibilidades e utilidade.

          Em outra ponta, não podemos esquecer que conforme as ideias são propagadas por diferentes lugares e pessoas ao longo do tempo, elas irão, inevitavelmente, sofrer modificações, adaptações, reapropriações. Uma ideia gestada na França de 1850, quando chegar ao Brasil de 1880 irá passar por um filtro sociocultural que a transformará. E de 1880 até os anos 2000, mais camadas irão se sobrepor. E não há nada de estranho nisso do ponto de vista sociológico. Isso é, na realidade, esperado, e ocorre com todas as religiões, doutrinas ou filosofias.

          Do ponto de vista da Antropologia e da Sociologia, podemos afirmar que há cristianismos, islamismos, judaísmos, espiritismos, ou seja, uma mesma religião ou doutrina vai desenvolver inúmeras variações internas conforme se difunde, muita embora vá manter alguns elementos que dão algum tipo de unidade dentro dessa diversidade que naturalmente se forma.

          Apesar dessa natural pluralidade, é importante ressaltar a importância da coerência entre religião/doutrina, suas transformações e apropriação por parte dos indivíduos. Darei um exemplo dentro do cristianismo.

Jesus, no Novo Testamento, é um indivíduo que ensina e vivencia uma profunda mensagem de amor, solidariedade, respeito. Acolhia os excluídos e marginalizados, denunciava os religiosos hipócritas e criticava as tradições que oprimiam. Após a morte de Jesus, seus discípulos iniciaram um movimento de organização, sistematização e difusão de seus ensinos. O cristianismo enquanto corrente religiosa nasce a partir disso. Entretanto, ao longo dos séculos, indivíduos e grupos usaram essa mensagem que é de amor, simplicidade, espontaneidade, para criar instituições que oprimiram, violentaram, disputaram poder político e mesmo assassinaram. De um judeu pobre que fugia da posse de qualquer privilégio, que andou entre pescadores, prostitutas e doentes, criaram posições de mando, templos cheios de luxo e inumeráveis regras.

Pastor Henrique Vieira é claro a respeito dessa questão no movimento cristão:

É impressionante como o cristianismo, uma espiritualidade de origem periférica e popular, pautada na radicalidade do amor, foi se tornando justificativa para sistemas opressores e práticas de ódio. Jesus andou com os pobres e oprimidos, acolheu as pessoas amaldiçoadas e marginais, impediu processos de execução, recusou mecanismos de vingança, exaltou o perdão como forma de mediação de conflitos, reconheceu a dignidade até de seus inimigos. Jesus foi preso, torturado e assassinado. Foi executado pelo Império Romano sob o aplauso e escárnio de muitas pessoas. Enfim, foi um preso político, vítima da violência e do ódio. Como uma mensagem com essa origem pode, em tantos momentos da história, justificar atos de violência e genocídio? A lente fundamentalista se apega à letra enquanto esfria corações diante da vida concreta.

Jesus foi vítima desse modelo que colocava a Tradição (isto é, o conjunto de leis bíblicas da época) como referência absoluta, inquestionável e impenetrável.”[8]

          Por sua vez, Chico Xavier e o Espírito Neio Lúcio, por meio da mediunidade, também dão outra possibilidade de perspectiva para a questão:

- Sara, qual é o serviço fundamental de tua casa?

- É a criação de cabras – redarguiu a interpelada, curiosa.

- Como procedes para conservar o leite inalterado e puro no benefício doméstico?

- Senhor, antes de qualquer providência, é imprescindível lavar, cautelosamente, o vaso em que ele será depositado. Se qualquer detrito dicar na ânfora, em breve todo o leite se toca de franco azedume e já não servirá para os serviços mais delicados.

Jesus sorriu e explanou:

- Assim é a revelação celeste no coração humano. Se não purificamos o vaso da alma, o conhecimento, não obstante superior, confunde-se com as sujidades de nosso íntimo, como que se degenerando, reduzindo a proporção dos bens que poderíamos recolher.[9]

O trecho acima obviamente está permeado por uma dimensão literária e até mesmo teológica, mas a reflexão que propõe é valiosa: o quanto as religiões e doutrinas sofrem de modificação quando nos atravessam? O quanto nossos interesses pessoais, lacunas e limitações influenciam nesse processo?

O fato é que a mensagem cristã foi intensamente mutilada e mesmo completamente distorcida por muitos ao longo do tempo. Uma coisa são interpretações diferentes acerca de passagens, ensinos, recomendações, rituais – o que é natural em vista da diversidade humana. Outra é transformar água em lama, amor em ódio, paz em violência, justiça em exploração.

Pois bem, o Espiritismo, como todas as religiões e doutrinas, não escapou às mutilações e distorções. E reforço que não quero aqui defender uma ideia de pureza original perfeita. Não gosto dessa ideia. O que advogo é sobre a necessidade de manutenção de coerência entre os pontos chave de uma religião ou doutrina ao longo do tempo e de sua difusão por pessoas e espaços.

Voltemos a Kardec. Em O Livro dos Médiuns ou Guia dos médiuns e evocadores, vemos um autor buscando desmistificar a mediunidade, explicando-a da forma mais simples e direta possível, com o objetivo de auxiliar aqueles que têm a faculdade mediúnica a usá-la de forma proveitosa para o auxílio aos outros ou para a pesquisa espírita. Kardec naturaliza e humaniza a mediunidade, mas atualmente, em muitas instituições espíritas, ela é encarada como algo excessivamente engessado, distante e limitado. O acesso a mediunidade e à prática mediúnica é, em muitas situações, vetado ou muito dificultado. É como um Espiritismo sem Espíritos.

Em O Livro dos Espíritos, encontramos um Kardec que se permite filosofar, questionar e dialogar com os Espíritos a respeito dos mais diversos temas, sem tabus ou medos. Na obra, são debatidas a escravidão, a pena de morte, os direitos da mulher, o enriquecimento com base na exploração, a fome e a má distribuição dos alimentos, desigualdades sociais, liberdade de pensamento e religião, etc. Isso tudo em meados do século XIX, em meio a França sob um governo de caráter autoritário. Mas no Brasil do século XXI, discutir racismo, questões de gênero, desigualdades sociais ou outros assuntos contemporâneos é visto em muitas instituições como erro grave, passível de marginalização ou mesmo expulsão.

Em Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec e em O Livro dos Médiuns, observa-se uma perspectiva de grupo ou instituição espírita como um ambiente de acolhimento, fraternidade, respeito, vínculos, amor. Mas há muitos centros espíritas em que o indivíduo não será acolhido, respeitado ou tratado com solidariedade. Se um negro, gay, com o cabelo pintado de loiro e piercing for o palestrante da noite em um centro espírita, qual seria a reação do auditório? Quantos indivíduos LGBT+ não encontram espaço e nem respeito em instituições espíritas? Se um médium resolve fazer tatuagens que preencham ambos os braços, como será encarado por seu grupo de reunião?

Para além disso, percebo também espíritas com alto grau de sofrimento psíquico vivenciado ao longo da vida pela forma como os ensinaram e apresentaram o Espiritismo. Pessoas com muito medo, culpa, insegurança, desencorajadas a questionar, estimuladas a sempre obedecer. Indivíduos, por vezes, verdadeiramente traumatizados. Não é difícil encontrar relatos de espíritas sobre experiências dolorosas vivenciadas no ambiente espírita.

O fato é que podemos falar de um tipo de fundamentalismo espírita que está presente no Brasil. Uma forma de se apropriar, relacionar e difundir o Espiritismo que pode oprimir, violentar, silenciar. Uma maneira de olhar arrogante, que enxerga o Espiritismo como algo superior, hierarquicamente acima de outras religiões ou doutrinas, como um saber que está além da ciência e da filosofia. Uma perspectiva autoritária, que não admite ser questionada, criticada e que não se abre para um diálogo franco e respeitoso com a diversidade e a sociedade.

A mente fundamentalista não se permite duvidar do que crê e não aceita dialogar com as diferenças.[10]

 

para um fundamentalista não há diálogo. Se um fala em nome de Deus e o outro não, que conversa é possível?[11]

 

Mas o grande ponto do fundamentalismo é que ele produz uma visão que se percebe como verdade absoluta. A mente fundamentalista tende a entrar em pânico diante de dúvidas e questionamentos[12]

 

O fundamentalista não dialoga, porque não se propõe a ouvir; não aprende, porque parte do pressuposto de que só pode ensinar. O mundo fica dividido entre salvos e perdidos, entre bem e mal, e a fronteira delimitada pelo conjunto de crenças da instituição religiosa.[13]

 

o mais relevante é submeter nossa doutrina à reflexão, à comunhão, ao exercício permanente da autocrítica à luz das demandas e necessidades do nosso tempo.[14]

 

Espiritualidade é abertura, fundamentalismo é fechamento. Espiritualidade se move nas perguntas, fundamentalismo, em certezas irretocáveis. Espiritualidade é experiência e contemplação, fundamentalismo é doutrina. Espiritualidade se move no amor e na liberdade, fundamentalismo, na culpa e no medo. Espiritualidade transita nas diferenças e percebe a diversidade como expressão sagrada, fundamentalismo vê a diversidade como maldição. Portanto, a experiência religiosa é saudável quando alimenta a espiritualidade sem sufocá-la.[15]

Há espíritas que, infelizmente, por não encontrar ambiente saudável para acolhimento, escuta e amparo, entram em depressão, adoecem.

Pessoas que perderam algum familiar por meio do suicídio e ainda são violentados por um terrorismo psicológico cruel que, ao invés de acolher e prestar compaixão e solidariedade, gera medo e angústia.

Há espíritas que, frente às enormes desigualdades sociais e a absurda quantidade de pessoas desabrigadas e dormindo nas calçadas, justificam a si mesmas que está tudo conforme a justiça divina, tratando-se de um processo de expiação que cumpre àquele indivíduo passar e não há muito o que pode ser feito.

Há espíritas que associam todo problema psíquico à obsessão e questões espirituais, quando há muitos casos em que o tratamento precisa ser com um profissional da Psiquiatria e com um Psicólogo.

Há jovens que frequentam evangelização, mocidade e, depois de adultos, não retornam nunca mais ao centro espírita pois ao ingressar na universidade, em movimentos sociais ou ter acesso a outros saberes e experiências, identificam que o espaço da instituição espírita não os comporta mais porque não os aceitará como são e pensam, não lhes possibilitando mais espaço de atuação frutífera.

CONCLUSÃO

A questão é que o Espiritismo não foi concebido para ser fechado, dogmático, frio, autoritário. E se alguns o fizeram assim, ele não precisa ser assim. Há formas acolhedoras, dialógicas, críticas, humanistas de se apropriar e relacionar com o Espiritismo. Ele não precisa ser opressão, medo ou culpa, na verdade pode ser libertação, impulso, leveza, suporte para nosso crescimento individual e mesmo social.

O Espiritismo tem, como principal contribuição intelectual, apresentar uma lente para observação e análise da realidade. Um óculo composto pelas ideias de Espírito, mediunidade, Deus, reencarnação e evolução. Olhar para a vida levando em conta esses conceitos altera muitas conclusões, ações e mentalidades.

Do ponto de vista moral, sua principal contribuição é o consolo e a esperança. Ao apontar e demonstrar empiricamente que há um princípio de vida em nós que sobrevive à morte do corpo físico, evidenciando que a vida não cessa, muitos de nós adquirimos força para nos erguer e lutar perante as adversidades. Saber que nossos amores continuam vivos ressuscita pessoas em vida. Conceber que a vida material é extremamente importante e valiosa, mas que é apenas uma etapa da nossa jornada, é como expandir horizontes.

Do ponto de vista social, ele pode estimular nossa sensibilidade e compaixão, transformando-as em reflexão e ação concretas para alterar o status quo, seja em escala micro, média ou macro. Ao nos evidenciar o valor da vida e da encarnação, pode incutir um senso de urgência para as mudanças que precisam ocorrer na coletividade para que o nível de bem-estar coletivo seja cada vez maior, evitando sofrimentos evitáveis. Ao apresentar as consequências espirituais de nossas ações, pode despertar para um nível maior de responsabilidade e consciência perante os outros.

Por fim, do ponto de vista institucional, o movimento espírita não precisa ser algo homogêneo e pasteurizado. Ele pode e não tem como deixar de ser diverso, plural. A casa espírita precisa ser um grande espaço de sociabilidade, de encontros, convivência. Atualmente, vejo nitidamente que a maior contribuição que a casa espírita me proporcionou foi a convivência/sociabilidade. Conhecer pessoas diferentes, com histórias diversas. Construir vínculos. Vivenciar experiências por meio do trabalho voluntário. As conversas após as reuniões até depois da meia noite na rua. Vidas encontrando outras vidas. Atravessar e ser atravessado por outras trajetórias. Não podemos abrir mão dessa dimensão da casa espírita como espaço de encontros - para muito além de doutrina ou estudo somente. O próprio nome já diz: “casa espírita”. Antes de ser "espírita", tem que ser "casa".

Por um Espiritismo que seja liberdade e libertação, tanto na dimensão espiritual, quanto na individual e na social. Por um Espiritismo que seja estimulador da espiritualidade. Por um Espiritismo que alimente a espontaneidade, a autenticidade e a humanidade. Por um Espiritismo que possa ser meio, ferramenta de crescimento para aqueles que o conheçam. Por um Espiritismo leve, risonho e alegre.

 

REFERÊNCIAS

KARDEC, Allan. A Gênese [tradução de Guillon Ribeiro da 5a ed. francesa]. 53. ed. 1. imp. Brasília: FEB, 2013.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita [tradução de Guillon Ribeiro]. 92. ed. 2. Reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2012.

KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns, ou, guia dos médiuns e dos evocadores: Espiritismo experimental [tradução de Guillon Ribeiro a partir da 49a edição francesa de 1861]. 81. ed. 1. imp. (Edição Histórica). Brasília: FEB, 2013.

KARDEC, Allan. Revista Espírita – Jornal de Estudos Psicológicos 1866 [tradução de Evandro Noleto Bezerra]. Brasília: Federação Espírita Brasileira.

KARDEC, Allan. Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Allan Kardec [tradução de Evandro Noleto Bezerra]. 1. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.

XAVIER, Francisco Cândido. Jesus no Lar. 37. ed. 8. imp. Brasília: FEB, 2014.

VIEIRA, Henrique. O Amor como Revolução. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2019.



[1] A abordagem que Kardec fez da questão racial – presente na Revista Espírita de Abril de 1862 –, a questão 822 a) de O Livro dos Espíritos ou vários trechos do livro A Gênese contém ideias e teorias que a ciência e o tempo provaram extremamente equivocados. Ou seja, a obra kardequiana não é algo divino que desceu puro dos céus. É, antes, a obra de um ser encarnado, com a participação de muitos outros encarnados e desencarnados, todos esses em processo de evolução e sob a influência de um tempo, espaço, cultura e sociedade.

[2] Allan Kardec, na Revista Espírita de Julho de 1866, na página 299.

[3] Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, item 343.

[4] Allan Kardec, em A Gênese, item 55.

[5] Allan Kardec, em Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec, Discursos Pronunciados nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux, item 1.

[6] Allan Kardec, em Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec, Discursos Pronunciados nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux, III parte.

[7] Allan Kardec, em Viagem Espírita em 1862 e outras viagens de Kardec, Discursos Pronunciados nas Reuniões Gerais dos Espíritas de Lyon e Bordeaux, III parte.

[8] Henrique Vieira, em O Amor como Revolução, p. 62.

[9] Neio Lucio, pela mediunidade de Chico Xavier, no livro Jesus no Lar, capítulo 3.

[10] Henrique Vieira, em O Amor Como Revolução, página 57.

[11] Henrique Vieira, em O Amor Como Revolução, página 59.

[12] Henrique Vieira, em O Amor Como Revolução, página 63.

[13] Henrique Vieira, em O Amor Como Revolução, página 58.

[14] Henrique Vieira, em O Amor Como Revolução, página 59.

[15] Henrique Vieira, em O Amor Como Revolução, página 65.