25 março 2023

17º FÓRUM ESPÍRITA DO LIVRE-PENSAR DA BAIXADA SANTISTA

REFLEXÕES SOBRE O AMOR

15/04/2023 (sábado) – presencial
Local: CEAK – Centro Espírita Allan Kardec
Rua Rio de Janeiro nº 31 - Santos
15 h
Abertura e apresentação do Coral Integrasom
Dás 15h30 às 16h30
Oficina com os participantes do fórum e
apresentação das conclusões
Dás 16h30 às 17h45
Painel – Reflexões sobre o Amor
 Ricardo de Morais Nunes: O amor a partir da filosofia e do
espiritismo
 Alexandre Cardia Machado: A delicada questão do sexo e do
amor
 Alcione Moreno: O amor nas relações humanas
Lanche e confraternização
Realização: Instituições espíritas vinculadas à CEPA na Baixada Santista
Apoio: CEPA – Associação Espírita Internacional e CEPABrasil

21 março 2023

ESPIRITISMO, LAICIDADE, LIVRE PENSAR E AS RELAÇÕES COM A ATUALIDADE

 

Milton Medran Moreira

A religião e o laicismo

No dia 23 de setembro de 2012, quando ainda ocupava o trono da Santa Sé o pontífice recentemente desencarnado Bento XVI, publiquei no mais importante jornal de Porto Alegre, Zero Hora, o artigo “O Papa e o Laicismo”.

Comecei o texto reconhecendo: “Andou muito bem o Papa Bento XVI, em sua recente visita ao Oriente Médio, pedindo se respeite, ali, a liberdade religiosa e defendendo o laicismo por ele adjetivado como saudável”.

Como todos sabemos, o cardeal alemão Joseph Ratzinger, então no papado, sempre demonstrou posições bastante conservadoras, diferentemente daquele que o iria suceder, o Papa Francisco, que ainda hoje está no cargo e a quem, com justiça, se atribuem posições muito progressistas e, em grande parte, coincidentes com os anseios modernos do pluralismo religioso e do secularismo.

Cerca de dois anos antes, numa visita à Espanha, para uma efeméride envolvendo as tradições religiosas de Santiago de Compostela, Bento XVI fizera um histórico da tradição cultural espanholaonde se incrementaram conceitos contemporâneos de laicidade. Lamentou que o laicismo então defendido se posicionava como anticlerical e contrário ao exercício de poderes tradicionalmente reconhecidos como exercitáveis pela Igreja. Naquela visita de 2010 à Espanha, Ratizinger sustentou que “para o futuro é necessário que não haja um enfrentamento, mas um encontro entre fé e laicismo”.